
Como Estragar uma Pasta em 10 Passos Sem Culpar a Gestão
(Checklist oficial do Secretário Brasileiro de Autoestima Inquebrável)
☑ Ignore qualquer problema real.
Se ninguém fala, não existe. Se falam, você finge que não ouviu.
☑ Culpe sempre “o sistema”.
De preferência um sistema que ninguém sabe onde fica.
☑ Faça reuniões longas que não resolvem nada.
É importante parecer ocupado enquanto tudo pega fogo.
☑ Transforme o simples em novela.
Se dá pra resolver em 10 minutos, resolva em 10 meses.
☑ Evite visitar a própria pasta.
Assim você não vê o caos… e o caos não te vê.
☑ Trate mal a imprensa em entrevistas.
Dá a impressão de competência e razão.
☑ Anuncie melhorias imaginárias.
Prometer é grátis. Entregar custa.
☑ Publique foto sorrindo nas redes.
Mesmo que a pasta esteja num nível “fim de novela das 9”.
☑ Diga que a culpa é de gestões anteriores.
Mesmo que já faça 2 anos que você está lá.
☑ Finalize com a frase clássica:
“Estamos trabalhando incansavelmente.”
(O povo ri… e você dorme tranquilo.)
Meu amigo, se tem uma figura que só perde pra sombra em termos de aparecer pouco, é o tal do secretário municipal. Esse cidadão é tipo o Wi-Fi público: quando funciona, ninguém lembra; quando não funciona, a gente amaldiçoa até a antena. E o mais curioso? Tem uns que quanto pior tá a própria pasta, mais felizinho eles ficam. Parece até que o caos é vitamina. O trânsito virou Mad Max? O secretário aparece sorrindo. A saúde tá uma rave de reclamação? Ele posta selfie com a frase “trabalhando muito!”. É o famoso “se tá ruim, dá pra piorar… e eu tô aqui pra provar”.
E o povo, coitado, vive achando que a culpa é da gestão. Nada! A gestão tá lá, firme, segurando o leme com coragem. O problema é aquele secretário que deveria remar, mas tá no casco do barco fazendo Self. Aí, claro, a gente despenca a ladeira abaixo com a saúde virando um rally: consulta marcada pra 2027, exame que chega antes da aposentadoria por sorte… e o responsável da pasta feliz como se tivesse ganhado na loteria.

E no Brasil, meu irmão, isso virou cultura. A gente já nem estranha. Secretário ruim é igual chuchu em restaurante: sempre aparece, ninguém pediu, mas tá no prato. Enquanto isso, o povo vai sofrendo, a gestão levando pedrada, e o bendito do secretário ali, pleno, como se entregasse eficiência gourmet.
Mas olha… no fundo, no fundo mesmo… não é que faz sentido? Cada pasta é um universo, e quem comanda esse universo é o secretário. Se o cara é bom, a cidade voa. Se o cara é ruim… bom, aí a gente abre o calendário e se pergunta se esse ano tem devolução de imposto por danos morais.
No fim das contas, a regra é clara: gestão não é milagreira. Quem faz a engrenagem girar (( ou emperrar de vez )) é o sujeito que senta na cadeira da pasta. E se ele não sabe apertar o parafuso… meu amigo, aí não tem santo, não tem prefeitura, não tem oração forte que salve.
E a gente ri, brinca, ironiza… mas no final bate aquela luzinha na testa:
“Olha… não é que ele tem razão?”
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