Não é chocolate, mas pode ser também
Você já parou pra pensar como a gente age na Páscoa?
Todo ano é a mesma coisa: o mercado vira uma floresta de ovos pendurados no teto, o preço sobe mais rápido que gasolina antes de feriado, e a gente entra em debates filosóficos do tipo: “Será que vale pagar 60 reais num ovo de 100 gramas só porque vem com brinquedinho?”
Mas calma. Respira. A Páscoa não é só sobre chocolate. Quer dizer… é também. Afinal, ninguém aqui é de ferro. Mas o ponto é: a verdadeira essência da Páscoa vai bem além da sobremesa.
A Páscoa é sobre renascimento. Sobre aquela chance de recomeçar, de limpar as gavetas da alma, tirar o orgulho da estante, doar um pouco de paciência e perdoar até aquele parente que fala “fessora” com F até hoje.
É lembrar que alguém, lá atrás, acreditou tanto na humanidade que decidiu entregar sua vida por ela. Isso mesmo: Jesus não morreu pra você comprar ovo de Páscoa na promoção. Ele morreu e ressuscitou pra mostrar que a vida não termina na dor, mas se reinventa no amor. E olha que isso nem vem com embalagem bonita.
A Páscoa também é um convite. Um chamado pra gente ressuscitar o que anda meio morto por dentro:
– aquele sonho que você deixou pra depois,
– a fé que ficou guardada na gaveta com a Bíblia empoeirada,
– o amor próprio que você esqueceu porque tava ocupado demais se comparando com os outros no Instagram.
E sabe do melhor? A essência da Páscoa não se vende. Não tem código de barras, nem brinde surpresa. Ela é simples, feita de silêncio, de olhar pro céu e dizer:
“Tá difícil, mas eu continuo.”
Então, neste domingo, antes de atacar o ovo de colher com vontade de quem não comeu nada em 40 dias, para um segundo.
Abraça tua mãe, liga pra aquele amigo que sumiu, ou só agradece por estar vivo.
Porque no fim das contas, a Páscoa é isso:
Ressuscitar tudo aquilo que o mundo tentou enterrar em você.
Feliz Páscoa, meu coelho filosófico.
