Prepare a pipoca, Mandaguari, porque mais um capítulo da série “Saúde Pública: Quanto Mais Confuso, Melhor!”

O enredo é simples, mas o impacto é de blockbuster: pacientes são levados até Curitiba para tratamento médico e, ao chegarem lá, descobrem que… adivinha? A hospedagem foi esquecida! Isso mesmo. Mandaram as pessoas pra outra cidade e esqueceram de garantir onde elas iam dormir. Faltou só o “boa sorte, guerreiros” na porta do ônibus.
Parece piada, e talvez até seja — só esqueceram de avisar que é com a vida real das pessoas. Segundo relatos de uma moradora, o caso não é inédito. Já aconteceu antes. Duas vezes. Ou seja, o esquecimento virou prática, tipo rotina de segunda-feira. Tem gente que toma café de manhã, o setor de agendamento da saúde de Mandaguari prefere esquecer compromissos com seres humanos.
E se você acha que essa história lembra o caso das crianças autistas esquecidas em Maringá, você está certo. Só muda o nome da vítima e a cidade onde o abandono acontece. A vibe é a mesma: desorganização com pitadas generosas de descaso e incompetência, servidas numa bandeja de “ninguém vai fazer nada mesmo”.
Tentamos contato com a Prefeitura, mas como é feriado, o silêncio foi a resposta oficial. Porque nada representa melhor a gestão atual do que o silêncio diante de um problema sério. E, convenhamos, se o setor de agendamento fosse um aluno, já estaria reprovado por falta e esquecimento de lição de casa. Mas como estamos na terra da política com QI (quem indica), tudo continua igual: quem não sabe fazer, continua fazendo (ou tentando, né?).
E aí, a gente pergunta: até quando? Até quando o gabinete vai continuar fazendo de conta que está tudo certo, protegendo apadrinhado como quem protege vaso quebrado só porque foi presente da sogra?
Olha, se não dá pra demitir, muda de setor. Bota essa galera pra cuidar da iluminação de Natal, do estoque do almoxarifado, ou — por que não? — do setor de achados e perdidos, já que esquecer é a especialidade da casa.
Enquanto isso, a população segue sendo cobaia de uma gestão que parece mais preocupada com os compromissos políticos do que com a responsabilidade pública. Mas não se preocupem, o espaço da coluna segue aberto para a Prefeitura dar sua versão. Quando terminar o feriado. E o café. E o cochilo.
Até lá, seguimos acompanhando — e esquecendo também. Esquecendo que isso aqui um dia foi levado a sério.