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Sabe aquelas obras que parecem que vão virar ponto turístico antes mesmo de ficarem prontas? Pois é. Tem buraco que já criou CPF, tem rua em reforma que tá quase completando mais aniversários que eu… e olha que eu sou de uma geração que ainda rebobinava fita com caneta.

E é aí que entra o Tribunal Supremo de Engenheiros de Grupo de WhatsApp:
Juízes aposentados da paciência, ex-beneficiários do bom senso, especialistas em tudo — menos em engenharia civil. Eles julgam, condenam, postam print, gravam áudio revoltado e ainda assinam embaixo com CAPS LOCK.

“Isso aí é roubo! É desvio! Aposto que a empresa é do cunhado do vereador!”
Calma, Sherlock da Sogra! Às vezes é só um cabo que não chegou, uma chuva que desabou ou o pedreiro que foi tomar um café e caiu num buraco do cronograma.

Obra é igual relacionamento: no começo é tudo lindo, promessas, risos e planos. Aí vem os imprevistos: infiltração, orçamento que não fecha, rachadura no meio do caminho — e mesmo assim a gente insiste porque acredita que no final vai dar certo (e o asfalto vai cobrir o buraco da alma).

Aliás, pra quem vive cobrando agilidade, um lembrete:
Nem Jesus fez milagre em três dias e ainda assim teve que voltar!
Obra boa é como feijoada de vó: demora, borbulha, espirra caldo, mas quando fica pronta alimenta a alma da cidade e ainda sobra pra marmita da semana.

Então, antes de reclamar que a calçada não ficou pronta, olha pro chão da sua própria casa e vê se já terminou de assentar aquele piso desde 2007.

No final, a obra chega. A placa some. O benefício aparece.
E os juízes de WhatsApp? Ah, esses somem igual promessa de réveillon depois do terceiro boleto de janeiro.

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