
Reportagem especial de Alex Domingues para a alegria dos pagadores de impostos

Mandaguari, 16 de setembro de 2025 — O show da vida real na política brasileira nos presenteou com mais um espetáculo de criatividade, superando até a ficção. Graças à diligência do Ministério Público e a uma recente decisão judicial, a cidade de Mandaguari se tornou palco de duas performances memoráveis, ambas durante a gestão municipal do ano de 2017. A primeira, sobre como transformar uma loja de material de construção em uma empresa de faxina. A segunda, sobre a mágica de fazer uma obra sumir sem devolver o dinheiro.
O Mágico da Vassoura-e-Tijolo
Lembra daquele seu amigo que jura que consegue consertar o carro, mas só faz a bateria pegar fogo? A prefeitura de Mandaguari teve uma ideia parecida, mas em escala milionária. Um processo que começou em 2017, com o Ministério Público (MP) no papel de detetive, investigou um esquema de licitações. No centro do rolo? Contratos de limpeza pública concedidos a uma empresa que, pasme, tinha como principal atividade o comércio de materiais de construção.
É como se o Batman contratasse o Pinguim pra salvar o dia, ou a gente chamasse o Seu Barriga pra pagar o aluguel: a lógica simplesmente não existe. A jogada de mestre da galera foi quebrar o contrato em parcelas menores, abaixo de R$ 150 mil, para driblar a lei de licitações. A cada contrato, uma nova tentativa de fazer com que um camelo passasse pelo buraco da agulha.
Mas como em todo show do "Casseta & Planeta", a piada tem um final. E nesse caso, o final veio no último dia 15 de setembro de 2025. A Justiça, com a paciência de um monge, julgou a ação PROCEDENTE. Ou seja, a trapalhada foi oficialmente reconhecida. Os envolvidos na farra dos tijolos-que-limpam agora vão ter que encarar as consequências. O que é triste, porque a gente adora uma boa comédia, mas o final tem que ser justo.
A Rotatória que Voou (Mas a Grana Ficou)
Se o primeiro caso já foi engraçado, prepare-se para o ato dois, também da gestão de 2017. Outra ação colocou em xeque a reurbanização da rotatória de entrada da cidade. O Ministério Público levantou a lebre: a empresa contratada para a obra, que tinha um valor de R$ 160.215,00, recebeu o pagamento integral, mas a obra foi feita só até a metade.
Essa é a clássica "mágica do sumiço". O ilusionista faz a rotatória desaparecer, mas o dinheiro, que era pra construir, esse aparece na conta bancária. O truque foi tão bom que o MP teve que intervir pra desvendar o mistério.
E como todo bom detetive, a Justiça também chegou ao resultado. No dia 12 de setembro de 2025, a ação foi julgada procedente em parte. Isso significa que a Justiça confirmou a patifaria, mas com algumas ressalvas. Ou seja, a palhaçada dos contratos foi real, o dinheiro que sumiu foi real, e a responsabilidade, agora, é real.
Moral da história, mano? Em Mandaguari, a gente descobre que o brasileiro tem um gênio único: a arte de transformar o público em plateia de comédia. Só que, no fim, a gente paga o ingresso. O Bom que o ex prefeito levou de presente mais 8 anos sem poder se candidatar, vai que numa dessa nossa população fica esquecida e apoia ele de novo...
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