

O Paraná aprovou uma lei para fazer algo que muitos achavam que era só piada boa demais pra ser real: a CNH Social. É isso mesmo, carteira de motorista de graça para quem realmente precisa — e o Detran-PR vai bancar quase tudo.
O que a lei diz (e qual é a lei mesmo)
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A Lei nº 22.763, sancionada em 4 de novembro de 2025, institui oficialmente o programa “Programa Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores” — o nome chique para “CNH Social”. O programa é gerido pelo Detran-PR.
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A ideia é oferecer gratuitamente:
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A primeira CNH (categorias A, B ou AB)
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A mudança para categorias mais “profissionais” (C, D ou E)
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Cursos especializados (para transporte de passageiros, escolar, emergência etc.) para quem optar pelas categorias mais complexas.
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Quem pode participar — e quem não pode
Para se inscrever, a pessoa deve cumprir alguns requisitos bem específicos:
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Renda familiar de até 3 salários mínimos.
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Residência no Paraná por pelo menos 12 meses.
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Estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais.
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Não pode ter restrição no direito de dirigir (ou seja, não pode estar com CNH suspensa ou cassada).
O que significa “renda familiar de até 3 salários mínimos” no CNH Social?
Esse critério é basicamente o filtro principal para saber quem realmente precisa da CNH gratuita. Em vez de olhar só quanto a pessoa ganha individualmente, o governo observa quanto entra de dinheiro na casa inteira e divide pela quantidade de pessoas que moram ali.
Como funciona na prática?
Renda familiar = soma de tudo que qualquer pessoa da casa ganha:
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salário
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aposentadoria
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pensão
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bicos
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auxílio (alguns contam, outros não — depende do programa)
Limite para entrar no CNH Social:
A soma da renda da família não pode passar de 3 salários mínimos.
Se o salário mínimo está em R$ 1.412, por exemplo, então:
3 salários mínimos = R$ 4.236.
Ou seja:
Se a família inteira junta ganha até R$ 4.236, ela pode participar.
E por que o governo usa esse limite?
Porque esse critério é uma forma simples e direta de identificar famílias em situação de vulnerabilidade social ou baixa renda.
É a galera que:
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não tem condição de pagar uma autoescola,
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muitas vezes trabalha de forma informal,
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precisa da CNH para ter acesso a vagas de emprego,
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e vive numa renda que cobre o básico, mas não sobra quase nada.
Por que isso garante justiça no programa?
Porque evita que gente com renda maior, que poderia tranquilamente pagar uma CNH, tome a vaga de quem realmente depende dessa oportunidade para melhorar de vida.

Além disso, há cotas para grupos específicos:
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10% das vagas para estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública (“CNH nas Escolas”). Mulheres têm lugar garantido: 10% das vagas para a primeira CNH, e pelo menos 50% das vagas para mudança para C, D ou E são para mulheres.
5% das vagas serão para pessoas com deficiência (PCD).
Quantos vão poder participar ? quanto custa pro governo e quando vai rolar?
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O primeiro edital deve oferecer 5 mil vagas.
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As aulas devem começar em 2026.O Detran-PR estima um investimento de R$ 2,8 milhões por ano para manter o programa.
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Todos os custos relacionados à habilitação serão gratuitos para os beneficiários: exames médicos, curso teórico, prático, provas e até a inclusão da observação “EAR” (Exercício de Atividade Remunerada) na CNH.
Transparência e tecnologia
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A Celepar (companhia de tecnologia do Paraná) está desenvolvendo um portal específico para a CNH Social. Lá, vai dar para acompanhar tudo: editais, inscrições, seleção, quem foi convocado, regras, orientações… transparência total. E o Detran-PR vai divulgar relatórios periódicos para mostrar quantas pessoas estão sendo beneficiadas, como estão sendo distribuídas as vagas por modalidade, quem entrou, etc.
A CNH Social no Paraná não é só uma lei bonita no papel. É uma daquelas políticas que fazem diferença no mundo real, naquele cotidiano onde o boleto vence antes da esperança e onde uma carteira de motorista pode ser a linha que separa “tô tentando” de “consegui!”.
É investimento em gente, em trabalho, em oportunidade — e, vamos combinar, oportunidade gratuita é quase tão rara quanto motorista que dá seta. Quando aparece, tem que comemorar mesmo.
Com um portal transparente, regras claras e metas definidas, o programa chega com aquele ar de “agora vai!”. E se der tudo certo e torcemos para que dê, daqui a uns anos a dona Maria vai contar pro neto:
“Meu filho, lembra quando tirar carteira custava uma fortuna? Pois é… no nosso tempo era pepino. Aí veio a CNH Social e mudou a vida de muita gente.”
No fim, o Paraná planta uma ideia simples e poderosa: habilitar também é incluir. E quando o Estado facilita o caminho, o povo pega o volante e dirige o próprio futuro.
Agora é esperar o edital, caprichar nos documentos e torcer para ver muita gente dizendo: “Aprovado!” só que dessa vez, sem ter que parcelar em 12x com juros estilo frete de aplicativo.
E entre nós: se política pública sempre viesse assim, clara, útil e com transparência, até fila no Detran ficava mais leve. Quase. Quase.
Parabéns ao estado pela iniciativa e que venha 2026 com muita aula prática, muita mão na embreagem e zero reprovação no psicológico!
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