TJ barra canetada de Danilo e reforça: na Câmara quem decide é o voto…. Não o ego

ate eu fico triste
Alex Padre

E Mandaguari segue nos proporcionando episódios dignos de série política com roteiro de pastelaria.
O Tribunal de Justiça do Paraná mandou aquele recado básico pro ex-presidente da Câmara, Danilo Camilo Sabino: “menos caneta, mais democracia, meu filho.”

O TJ não conheceu o recurso que Danilo apresentou tentando desfazer a decisão que garantiu a participação da chapa rival na eleição da Mesa Diretora — aquela mesma eleição que, ironicamente, acabou com ele sentado na própria Mesa.
Ou seja, ele recorreu pra anular uma chapa da qual ele agora faz parte.
Isso não é política, é stand-up institucional.


O começo da confusão

Tudo começou na manhã de 1º de janeiro de 2025 — o dia em que o Brasil promete mudar, e a política de Mandaguari promete aprontar.
Danilo, presidindo a sessão, decidiu que a chapa de Edilson Montanheri, Rivelino da Silva, Fábio Sukekava, Eron Barbiero e Wanderlei Lukachewski não poderia concorrer porque, segundo ele, não respeitava a proporcionalidade partidária.
Tradução: ele disse que tinha partido demais de um lado e de menos do outro — mas quem fez a contagem foi só ele mesmo.

O problema é que o Regimento Interno da Câmara não dá esse poder todo pro presidente. A decisão precisava ser do plenário.
Mas Danilo foi lá e barrou a chapa na canetada, como se a Câmara fosse escritório particular.
Resultado? Os vereadores foram à Justiça, e o juiz local mandou o recado:

“Decisão monocrática aqui, só de juiz. Na Câmara, é voto e pronto.”

A chapa foi pra disputa, a eleição rolou e — plot twist — Danilo perdeu.


A virada de roteiro

Danilo não se deu por vencido e levou o caso ao Tribunal de Justiça. Alegou que agiu dentro da lei, que seguiu o Regimento e que o Judiciário estava “se metendo demais”.
Mas o desembargador Leonel Cunha foi direto:

“Amigo, o caso já perdeu o sentido. A chapa foi eleita, um renunciou, e você mesmo tá sentado lá. Quer recorrer de si mesmo?”

Além disso, o relator explicou que quem responde é a Câmara, não o presidente, então Danilo nem podia ter recorrido em nome próprio.
Traduzindo pra linguagem parlamentar: o recurso dele era tipo microfone desligado — ninguém ouviu e não teve efeito nenhum.


Moral da história

O Tribunal manteve tudo como estava: eleição válida, plenário soberano, canetada cancelada, custas a pagar.
E ainda deixou a lição do dia:

“Presidir a Câmara é representar o povo, não brincar de rei do Legislativo.”

E assim Mandaguari segue seu show de política local, onde o roteiro muda toda semana, mas o enredo é o mesmo: quem tenta mandar sozinho acaba virando figurante da própria história.

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