Bem-vindo ao Clubinho da Censura Municipal!

Você foi lá, todo educado — ou nem tanto, vai — comentou na página da prefeitura:
“Cadê o médico do postinho?”, “Tampa esse buraco antes que vire cratera da Nasa!”, ou aquele clássico: “Cadê a verba, prefeitchêêêê?!”
E puff!
Sumiu. Foi bloqueado. Cancelado. Banido como se fosse um ex tóxico em grupo de família.
Sim, meu consagrado: a prefeitura da sua cidade pode estar achando que a página oficial do município é perfil pessoal do prefeito. Um lugar só pra selfie com faixa de inauguração, emoji de coração e comentários tipo “Lindo trabalho, parabéns guerreiro”.
Mas deixa eu te contar um segredo: isso aí pode dar ruim, hein?
Bloquear cidadão em rede social pública porque ele reclamou, cobrou ou apontou problema pode caracterizar improbidade administrativa, que é tipo a “gula capital” dos pecados políticos — só perde pra superfaturamento com lousa digital e farra da diária.
Rede social de órgão público é extensão da administração.
Não é diário íntimo. Não é grupo de zap do time da prefeitura.
É espaço de informação, debate e prestação de contas.
E adivinha? O povo tem o direito de falar! Até quando fala bravo. Até quando escreve tudo em CAPS LOCK.
Mas por que fazem isso, então?
Simples: porque crítica dói mais que IPTU vencido.
E porque alguns gestores acham que política é fazer pose, não ouvir cobrança.
Acha que cidadão é like, e não gente.
Mas olha… quem não quer ser criticado, tem uma alternativa maravilhosa: NÃO SE CANDIDATA.
Fui bloqueado. E agora?
Ah, meu amigo… agora é print, exposição e denúncia com gosto:
- Faça prints mostrando o bloqueio;
- Poste nas redes com aquela legenda nervosa e bem marcada;
- Encaminhe pro Ministério Público com uma pitada de drama institucional;
- E, se quiser, manda pra mim que eu te ajudo a jogar essa bomba no ventilador.
Porque quem tenta censurar o povo nas redes, provavelmente também faz reunião trancada, licitação esquisita e ainda posta vídeo fazendo carão com trilha do Coldplay.